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Mensagens

Talvez seja o fim...

Há algum tempo que quero escrever sobre isto, mas em bom rigor, não achava que tivesse acabado. Porque ele ainda pedia, eu não oferecia mas não negava e portanto, de vez em quando ele ainda mamava. Mais à noite, só por miminho, mas mamava. Há dois dias voltou a pedir e eu, não neguei, mas disse-lhe o que vinha a dizer-lhe desde que senti que estava na hora. Disse-lhe que as 'maminhas estão velhinhas' e que se calhar já não tinham leitinho. Pela primeira vez ele não insistiu. Aconchegou-se no meu colo, pousou a mão nas 'maminhas cansadas' e adormeceu. Hoje parei e fiz as contas. A última vez que ele mamou foi quando esteve doente, com febre, há precisamente vinte e dois dias. Pediu e mamou até adormecer à hora da sesta. Nunca esteve um período tão longo sem mamar, portanto acho que talvez desta vez seja mesmo o fim. Achei que ia sofrer, que ia chorar, que ia mais uma vez ser o fim do (meu) mundo, mas não. Estou bem, em paz e, em relação a este assunto reina uma
Mensagens recentes

A Base de um Sonho Doce

É o que a Oriflame tem sido para mim: a base de um sonho doce. Nesta altura talvez 3/4 de vocês já tenham fechado o post e 1/3 estará a ponderar deixar de seguir a página. O que não aconteceria se eu estivesse a falar de marcas, sei lá, como o Boticário ou a Garnier. Mas não estou, porque foi a esta que me associei e é esta que tem sido uma agradável surpresa. Portanto mantenham-se por aí porque não vou passar a bombardear-vos com isto. Só achei que devia escrever sobre a forma como tenho aproveitado esta oportunidade. O único intuito é o de provar a legitimidade deste caminho, como de qualquer outro que se tome, com o objectivo de alcançar um sonho maior, sem ter que atropelar ninguém. Como grande parte de vocês sabe, tornei-me acessora Oriflame há pouco mais de um ano. Foi me apresentada a oportunidade por uma amiga e cedo percebi que não teria nada a perder. Com um sonho antigo na gaveta, relacionado com o Cake Design, vi ali uma possibilidade de juntar uns trocos

Dia da Criança este ano

Sabes filho, o ano passado expliquei te mais ou menos que este dia não existia por tua causa. Era basicamente para nos lembrar que há meninos com muito menos que tu: menos amor, menos saúde, menos paz. Este ano parece que paguei por isso: no dia de hoje mal te vi. Tive tempo para te vestir à pressa e quando cheguei, muito depois do que devia ter chegado, só tive tempo de te dar um beijo e ver te a dormecer. Depois de doze horas de trabalho vi-me a braços com aquilo que mais me magoa na minha profissão: o desrespeito pelas pessoas que também somos. A ideia de que somos os responsáveis por todos os males que vêm ao mundo. Logo nós, que damos tudo para os amenizar. Ainda me perguntam se realmente penso em mudar. Há dias em que não penso em mais nada. E é por dias destes que quero que saibas, que se nunca conseguir, pelo menos, não desisti sem tentar. Feliz dia da criança meu amor. Eu sei que foi' Fiz o pom pom já na cama, entre dois dias de 12 horas. Foi o po

Planos suspensos

Às vezes acho que as pessoas duvidam de mim. Está na cara. Na expressão. No tom com que me respondem. Não as censuro. É difícil de acreditar que alguém, a dez dias do fim do mês, não tenha planos para o mês seguinte. Que a dez dias do fim do mês não possa confirmar presença num almoço de família. Não saiba o que vai fazer no dia da criança. Não consiga confirmar disponibilidade para fazer um bolo para o filho da amiga. Não saiba se vai á festa da escola do próprio filho. Ain da por cima às vezes com coisas marcadas, liga a dizer que afinal não dá. Que afinal trabalha. Que lhe deram mais um turno. Que estava de folga mas já não está. Eu sei. Não é fácil de acreditar. Mas acreditem que também não é fácil de viver. Uma vida em suspenso. Ver planos adiados, deixar amigos pendurados e encontros por marcar. E este desencontro cansa. E por saber disso, às vezes acabo por não marcar. Porque já sei que não vai dar. E não marcar é deixar de estar presente. É deixar de ser lembrado

Hoje é um bom dia para te lembrares de ti, Mãe.

Demorei bastante a voltar a olhar por mim. Dois anos e meio mais propriamente. Prometi várias vezes que 'desta é que é', mas sucediam-se as razões, ou às vezes as desculpas, para não começar hoje, para não ser para já. A maior delas era, como em tudo, a falta de tempo. Os dias não esticam e a vida de quem trabalha por turnos é tudo menos fácil, é tudo menos organizada. Logo a seguir à falta de tempo vem a culpa e uma anda intimamente ligada à outra. Porque se já tenho tão pouco tempo para eles 'não posso' estar a tirar tempo para mim! Errado! E eu acabei por perceber isso sentada num gabinete médico, onde se tocou ao de leve em palavras como exaustão e Burnout e não foi preciso mais nada para me pôr a mexer. Ou melhor, eu já andava a mexer-me porque precisei de iniciar entretanto, tratamentos de fisioterapia, por causa dos meus entorses frequentes. O Fisiatra já me tinha dito que seriam cerca de vinte tratamentos mas que era fundamental manter uma actividade físic

De quarto de bebé para quarto de rapazinho

No seguimento do meu post anterior, tem vindo a dar-se toda uma revolução cá em casa. Muito devagar, pormenores que se mudam dia-a-dia, mas cujo o intuito é melhorar o ambiente em que vivemos, para minimizar os sintomas alérgicos do Guilherme. Como também referi, fui procurar informação neste sentido, uma vez que, apesar de trabalhar na área, há sempre pormenores que nos escapam e dicas importantes a reter.  Tenho me focado num conjunto de medidas, em grande parte relacionadas com a limpeza e arejamento dos espaços. A minha preocupação tem sido, para já, em relação ao quarto dele e o espaço de dormir foi o primeiro a ser alvo de maior atenção. Pretendo ir progredindo para outros espaços da casa onde ele passa bastante tempo e onde também há grandes mudanças a fazer. Não é que a nossa casa seja muito problemática, mas tem as típicas carpetes de pelo alto, as mantas polares e as almofadas fofinhas. Coisas que temos que substituir ou investir numa limpeza mais profunda. Relativamen

Limpar por turnos

Como muitos já saberão, sou uma enfermeira que, se pudesse, ter-se-ia dedicado única e exclusivamente ao papel de mãe. Embora essa possibilidade não se tenha proporcionado, desde então que temos feito algumas mudanças e adaptações naquilo que era a nossa vida antes do Guilherme, sempre com o mesmo objectivo: mais tempo de qualidade em família. Continuo no entanto, a ser uma enfermeira, que agora também é mãe, mas que continua a trabalhar por turnos (na sua maioria de 12 horas), com todas as dificuldades que isso implica. A maior dificuldade que encontro neste nosso estilo de vida é manter-me organizada no que diz respeito, por exemplo, às questões da casa, além de ser praticamente impossível manter dias específicos para fazer determinadas tarefas. Outra coisa muito difícil de manter são as rotinas, sejam elas de que natureza forem. Cá em casa fazemos, no entanto, um esforço para manter aquelas que ao Guilherme dizem respeito, como horas de deitar e levantar, hora do banho e do jan